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PROTEF - Trilha Ecológica do Farol

Breve Descrição :

       Localizada no canto norte da Praia da Vila em Imbituba, a trilha tem flora do predominante do bioma mata atlântica mista de restinga e vegetação de costão rochoso, a fauna é composta principalmente por aves e répteis com destaque para o Tropidurus imbituba. Devido à sua extensão, por apresentar uma moderada declividade e dificuldades do terreno, é considerada uma trilha MODERADA e com acessibilidade LIMITADA ideal para quem procura um local voltado ao ecoturismo, turismo cultural e ao turismo de aventura. Além de ser palco de uma importante passagem da Revolução Farroupilha o local é indicado para observação de aves, répteis, vegetação, paisagem litorânea e da Baleia Franca.

Veja o Mapa

Aspectos:

       É uma trilha circular com possibilidade de volta nos dois sentidos, sua extensão é de 2,4 km e o tempo para percorrê-la caminhando calmamente e com algumas paradas é de aproximadamente 3 horas. As paisagens, fauna e flora encontradas no lado costeiro da trilha é a recompensa do esforço físico requerido devido a geografia montanhosa e rochosa deste trecho. Já o lado oeste é onde se pode ter uma vista aérea do Porto de Imbituba e seu trajeto até o farol requer pouco esforço. A altitude varia entre 5 a 106 mt acima do nível do mar.


 

Localização e acesso:

      A ponta de Imbituba como é conhecido o local onde está a trilha, limita-se ao sul com um estacionamento e o início da urbanização do centro de Imnituba a leste com o Oceano Atlântico, a norte com os Molhes do Porto e ao oeste com o Porto de Imbituba. O morro que abriga o Farol, fica isolado de outros ecossistemas nativos terrestres.  A trilha tem seu início e fim no estacionamento do canto da Praia da vila e estende se ao norte contornando o pico.

      O acesso ao começo da trilha apresenta boas condições de pavimentação e amplo estacionamento para automóveis, a disponibilidade de vagas na alta temporada ficam raras entre as 9 e 19 horas. Tanto para quem vem do norte quanto quem vem do sul é indicado entrar no acesso norte de Imbituba (Ferjú) e seguir sentido leste na rua Cônego Itamar Luiz da Costa continuada pela avenida Manoel Florentino Machado até chegar na beira mar onde então dobra-se no sentido norte (esquerda) acessando o estacionamento no fim da avenida. As coordenadas geográficas do ponto de partida e chegada da trilha são -28.238340, -48.653705.


História:

       Baseado no comportamento dos povos que habitavam esta região antes da chegada dos europeus, pode se dizer que este local era usado como ponto de observação da aproximação de cardumes de peixe. O local conta ainda com vestígios de oficina lítica que indicam ali como um local frequentemente utilizado pelos povos pré-coloniais.

       Em 1796 foi fundada nas proximidades a armação para pesca baleeira mais austral do Brasil.

       A mais famosa das passagens históricas deste lugar foi a batalha conhecida como “prova de fogo de Anita” onde a expedição corsária foi atacada pela marinha imperial do Brasil.  Segue abaixo trecho encontrado sobre esse esse combate no site www.casadobruxo.com.br.

“ Na altura da Ilha de Santa Catarina travam combate com os ocupantes do navio imperial Andorinha. Uma forte ventania causa a perda de uma das embarcações rebeldes, a Caçapava, restando o Seival e o Rio Pardo, com os quais penetram na enseada de Imbituba, onde Giuseppe organiza a defesa. O Seival é deixado na praia e seu canhão colocado sobre uma elevação, sob os cuidados do artilheiro Manuel Rodrigues. Na ocasião, Garibaldi tenta convencer Anita a desembarcar, mas ela resiste e não aceita. Quer ficar ao lado dele, não importa o que aconteça.


A batalha começou no amanhecer do dia 4 de novembro de 1839. "O inimigo, favorecido em sua manobra pelo vento", avança "em bordejos e torpedeando-nos com ferocidade", recorda Giuseppe, a bordo do Rio Pardo. "De nossa parte, combatíamos com a mais obstinada determinação, atacando de uma distância suficientemente curta para que pudéssemos nos valer das carabinas. O fogo, de ambas as partes, era dos mais assoladores", complementa.

Começaram a se acumular "cadáveres e corpos mutilados", cobrindo a ponte da escuna crivada de balas e com a mastreação avariada. "Estávamos determinados a resistir, sem rendição, até que o último de nós tombasse", amparados "pela imagem da amazona brasileira que tínhamos a bordo", armada com uma carabina, engajada no combate. Seguiram-se cinco horas de muita tensão, gritos desesperados, disparos e estrondos de canhões, até que os imperiais bateram em retirada, com um comandante baleado. ”

 

       O primeiro trapiche do Porto de Imbituba com extensão de 70 metros foi construído em 1871 por engenheiros Ingleses, utilizando ferro e madeira.

Em 1882 é inaugurado o primeiro farolete da ponta da Imbituba, extinto em 1911 no mesmo dia da inauguração do farolete da Ilha das Araras. O novo farol automático foi inaugurado em 1918, com colunas de alvenaria de 7 metros de altura pintado de branco.  Este farol foi reformado em 1937 e tendo seu azulejamento terminado em 1968.

       O Projeto da Trilha Ecológica do Farol em Imbituba (PROTEF) é uma ação decorrente do I Seminário de Consciência Ecológica e Desenvolvimento Sustentável de Imbituba promovido pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina - CEFETSC e ONG Casa de Cultura em abril de 2002, no município de Imbituba.

       Objetivo geral: Revitalizar o Canto da Praia da Vila e da Trilha do Farol, no Morro de Imbituba/SC. Objetivos específicos são: melhorar a qualidade ambiental e o acesso dos visitantes à Trilha do Farol e ao Canto da Praia da Vila; resgatar e valorizar a história e a cultura local; promover a educação ambiental e propiciar recursos e informações que potencializem a construção de novos projetos de ecoturismo na região, visando ao desenvolvimento sustentável e à geração de empregos.
       Nos dias atuais, o local é um ponto de observação das baleias, da fauna e flora além de ser considerado um ótimo local de pesca.


 

Flora:

        A mistura de plantas da restinga com as espécies dos costões faz com que esse local seja um cenário de contemplação e observação da distribuição e organização das populações em seu habitat.

       Além da amaranta, encontramos também a carqueja, o mijo de grilo (erva baleeira), bromélias, a capororoca e inúmeras outras plantas.


 

Fauna:

       Embora o pequeno Tropiduros imbituba seja sem dúvida o dono do show neste local ele divide o palco com uma concorrente de peso nos meses mais frios do ano, a baleia franca que apresenta seu espetáculo entre o fim de julho até o início de novembro, sendo agosto, setembro e outubro  os melhores meses para apreciar suas piruetas em uma paisagem de tirar o fôlego.

Quem também sempre dá os ares das graças são as aves costeiras e da região, o mais comum é o bem-te-vi, mas com facilidade avistasse urubus, gaivotas, trinta-reis, corujas buraqueiras, atobás e fragatas.


 

Geografia

          Assim como as ilhas Santana de Dentro e Santana de Fora, a ponta de Imbituba é um promontório formado pela rocha magmática extrusiva de nome “Granito Imaruí-Capivari” com textura rapakivi muito rara. Esse local está cercado pelo depósito praia marinho de nome Laguna-Barreira Pleistocênica.

Curiosidades:

       Em agosto de 2012 uma ilha misteriosa apareceu para os banhistas da praia vila e permaneceu por ali cerca de 15 minutos. Físicos afirmam que o fenômeno foi  causado por um efeito lupa que aproximou a ilha Tacomi da orla através de uma miragem.

       Ao leste da ilha Santana de Dentro existe uma piscina natural muito apreciada pelos banhistas mais aventureiros.

Referências

SANTOS, Marcelo G. . Plantas da Restinga: Potêncial Econômico . 1a. ed. . Rio de Janeiro . Technical Books . 2009

http://www.cdiport.com.br/noticia/materias/trilha.html

http://dnadavibe.webnode.com.br/products/trilha-ecologica-do-farol/

http://www.casadobruxo.com.br/ilustres/anita.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_de_Imbituba

 

http://www.baleiafranca.org.br/abaleia/abaleia_amatanca.htm

 

https://pt.slideshare.net/viegasdacosta/histria-de-garopaba-imbituba-e-imaru

 

http://www.baleiafranca.org.br/turismo/turismo.htm

 

http://www.cprm.gov.br/publique/media/geologia_basica/plgb/criciuma/criciuma_ctgeo.pdf

 

http://anais.sepex.ufsc.br/anais_3/trabalhos/830.html

http://anais.sepex.ufsc.br/anais_4/trabalhos/915.html

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